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O antigo Engenho Suassuna corresponde, atualmente, a Usina Jaboatão, hoje desativada e em estado completo de abandono e em ruínas. A história da localidade é muito antiga, tendo origem na sesmaria de Gaspar Alves Purgas, cedida em meados do século XVI, e desmembrada em várias partes que deram origem aos engenhos São João Batista, Palmeiras e Suassuna. O Engenho Suassuna foi fundado, então, pelos irmãos Diogo Soares e Fernão Soares, cristão-novos, no ano de 1573, data da compra da parte da sesmaria. O nome Suassuna significa veado preto e este nome foi dado por causa do Riacho Suassuna que corta o local.
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O Engenho foi fundado com a denominação de N.S da Apresentação e moeu pela 1° vez em 1584. Destaca-se por ter sido palco de diversas denunciações e confissões de Pernambuco, durante a visitação do Tribunal do Santo Ofício (Inquisição), entre 1593 e 1595, onde se pode constatar a perseguição a judeus e evangélicos, inclusive aos próprios donos do engenho. É interessante encontrar nos relatos a grande intolerâcia existente na época, quando alguém poderia ser denunciado simplismente por faltar a missa ou por não crer em imagens, por exemplo.
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O Engenho Suassuna foi invadido pelos holandeses em um dos seus assaltos à Muribeca, quando pertencia então, a João de Barros Correia. Durante o século XVIII, pertencia a família Cavalcanti de Albuquerque, com destaque para o legendário Coronel Suassuna. Este era uma das figuras de destaque da época e que reunia em seu engenho alguns dos intelectuais que participaram da chamada "Conspiração dos Suassuna", de 1801. Daí a origem da chamada "Academia Suassuna" que defendia a implantação de idéias liberais no Brasil e que influenciou movimentos libertários como a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador.
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O Engenho Suassuna recebeu, em meados do século XIX, o missionário evangélico americano Daniel Kidder. Este aportou no Brasil com o intuito de pregar o evangelho e distribuir bíblias num país onde a sua leitura era proibida aos leigos. O engenho era, segundo ele, uma grande propriedade com cerca de 100 escravos que pertencia ao Barão e depois Visconde de Suassuna. A senzala ficava à esquerda da atual casa-grande, onde hoje há uma fileira de casas.
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Pertenceu posteriormente aos Barões de Muribeca e do Limoeiro. Em 1889, o engenho é adquirido pelo governo que funda a Colônia Suassuna, a 1° tentativa de reforma agrária de Pernambuco. A propriedade foi dividida em lotes que foram distribuídos entre nacionais e estrangeiros, sob certas condições. É daí a origem de alguns bairros com a denominação de "lote" em Jaboatão Centro.
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Contudo, o empreendimento não deu certo porque o Estado não conseguiu manter a colônia. Então, esta foi vendida a Companhia Progresso Colonial que instalou uma Usina no local. Esta usina passou a chamar-se, posteriormente, Usina Jaboatão e foi desativada em 1996 por problemas relacionados a dívidas da empresa. Hoje, o antigo Engenho Suassuna encontra-se em ruínas e sua secular casa-grande, datada de 1790, foi saqueada e arruinada por vândalos. É a mais antiga casa de engenho do município que ainda se encontra em pé e um típico representante dos solares rurais de Pernambuco do século XVIII, onde funcionou a tão importante Academia Suassuna! Mais um local histórico de Jaboatão que se encontra esquecido e abandonado!
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