Por James Davidson
Jaboatão,
Em tuas nascentes
Fico eu a contemplar
Água limpa
Água Pura
Difícil de imaginar!
Jaboatão
Em tuas nascentes
Faz a terra irrigar
Água limpa, cristalina
Nossos sonhos fez brilhar!
Jaboatão
Que desce a serra
Já na zona canavieira
Entre os montes e colinas
Corta vales e engenhos
Em sua jornada rumo ao mar!
Jaboatão que corta as terras
Entre Vales e Engenhos
Pelas várzeas canavieiras
Vem de Pacas, Genipapo,
Ribeirão e Taquary
São Francisco e Laranjeiras
Jaboatão com suas águas
Fazia Movimentar
As antigas rodas d’águas
Do açúcar secular
Em Pintos e Jussara
Sua história faz contar.
Jaboatão que em Morenos
Foi fazendo mais história
Ergueu fábrica, fez cidade
Banhou vilas operárias
Formou sede de engenhos
Onde até Dom Pedro se hospedou!
Jaboatão deixa Moreno
Em terras do Engenho Caxito
Passa na Usina Bulhões
“Olha a Calda”
“Tem peixe morto”
“Eita espuma mal-cheirosa”
Chega em Jaboatão Centro
Água escura, água morta!
Mais à frente vem a fábrica
Chamada de Portela
Tem soda cáustica, tem fumaça
Contamina toda a água
Na Volta do Caranguejo
Formava grossa crosta!
Segue em frente rumo ao mar
Recebe seus afluentes
O Carnijó, o Duas Unas,
O Manassu, o Mussaíba
O Muribeca, o Suassuna,
Agredidos Mutuamente!
Dois Carneiros vai chegando
E faz incrível volta
Do Leste, vira ao Sul
Na direção da Muribeca
E tem lixão, e tem esgoto
Tem enchente e invasão
O “progresso” na contramão”
O Jaboatão que corta a várzea
Em sua jornada ao oceano
Passa Comportas, vem Pontezinha
Tem Curcuranas e Olho D’água
E na Praia do Paiva
Vê o Pirapama, antes do Atlântico.
Jaboatão, em seu estuário
Forma imenso manguezal
Fonte de renda, fonte de vida
E de beleza sem igual!
O Jaboatão se lança ao mar
Lá em Barra de Jangadas
Mas sua jornada não acaba
Se renova como as águas
Novo ciclo se inicia
Água limpa em sua nascente
Renova em mim a esperança
De um novo futuro lá na frente!





Nenhum comentário:
Postar um comentário