terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ribeira do Jaboatão

Por James Davidson


És mais antigo que pensam

E conhecido dos indígenas

Nasces lá no alto

Em terras tão distantes

Formaste uma cidade

Rica e tradicional

Ninguém vê ou acredita

No valor que há em ti

Tuas águas tão barrentas

Não escondem a vida ali.



Das Laranjeiras às Jangadas

Seja ao norte seja ao sul

Um mistério tão profundo

Mais profunda é a distância

Das terras percorridas

E o solo então banhado

Floresce e dá vida

Mas o homem que é ingrato

Te mata e te degrada

Causando grande estrago.



O Goiabeira, o Mussaíba

O Manassú, o Duas Unas

O Palmeiras, o Suassuna

O Muribeca e o Pirapama

Completam tua bacia

Tão rica e oprimida

Por detritos industriais

Que matam e desgraçam

Trazendo grandes danos

Ambientais e sociais.




E o lixão da Muribeca

Com chorume envenenado

Os esgotos não tratados

Dejetos contaminados

Transmitindo verminoses

Por todas tuas margens

Teu leito assoreado

Pela má ocupação

E o lixo despejado

Que causa inundação.



Assim é o Jaboatão

Tão sofrido e oprimido

Tão feio e tão bonito

Mas sem comparação

Persiste e sobrevive

Seguindo o seu caminho

É forte e é guerreiro

Sempre olha para frente

Pois quem vive em suas margens

Não esquece suas enchentes!

Um comentário:

Gilmar de Oliveira disse...

Legal seu blog, tenho um semelhante ao seu, estive em Pernambuco e fiquei sem conhecer Jaboatão, mas da próxima quem sabe, estou seguindo o seu, segue o meu tb: http://candeiascidadedasluzes.blogspot.com/